FBHA defende retorno do horário de verão
Posicionamento responde a um projeto na Câmara dos Deputados que busca proibir medida definitivamente

A FBHA (Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação) manifestou apoio ao retorno do horário de verão no País, destacando impactos positivos sobre o consumo, o lazer e a gestão da demanda energética. A entidade afirma que, embora a economia direta de energia elétrica seja limitada, a medida favorece a redistribuição do consumo ao longo do dia, contribuindo para o equilíbrio do sistema elétrico nacional.
De acordo com a federação, o aumento do período com luz natural no fim do dia estimula a circulação de pessoas em espaços urbanos após o expediente, o que impulsiona atividades como gastronomia, comércio e turismo. A entidade aponta que restaurantes, bares e atrações turísticas registram maior movimento em períodos com horário de verão, o que reflete na geração de emprego e renda.
O presidente da federação, Alexandre Sampaio, afirmou que o horário de verão pode colaborar com a eficiência do sistema elétrico ao suavizar os picos de consumo, geralmente concentrados no início da noite. Segundo ele, a medida também amplia o tempo disponível para atividades sociais e de consumo, o que beneficia setores ligados ao lazer e aos serviços urbanos.
A FBHA também ressalta que o setor de hospedagem e alimentação é diretamente impactado por mudanças nos hábitos de consumo e deslocamento da população. Por isso, considera importantes as políticas públicas que incentivem o uso dos espaços urbanos com segurança e infraestrutura adequada.
A manifestação da entidade ocorre em meio ao avanço de um projeto de lei que busca proibir de forma definitiva o horário de verão no Brasil. A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou recentemente um texto que impede a adoção da medida em todo o território nacional, mesmo nos estados que já chegaram a defendê-la.
A proposta, apresentada pelo deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), unifica diferentes projetos sobre o tema e altera normas legais que ainda permitiam a adoção de “horários especiais”, como o Decreto-Lei 4.295/42 e o Decreto 2.784/13. A justificativa principal do projeto é o impacto do horário de verão sobre a saúde da população.
O texto ainda será analisado pelas comissões de Minas e Energia e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), antes de ir a plenário. Caso seja aprovado, seguirá para o Senado. O horário de verão está suspenso desde 2019, por decisão do governo federal.